terça-feira, 22 de novembro de 2016

How To Survive With Minimum Wages

Quando a Reta Orçamentária despenca...

Bom dia aos observadores atentos de nosso pequeno Red Planet Ex PEA!
Diário de Bordo Estelar #533 chegando nem tão cedo, mas antes do café.
Sensação de semana calma, por enquanto...
Clima bom para esfriar as idéias.

Teremos hoje um post condizente com o nome do blog.
Atendendo a uma sugestão de um leitor que deixou um comentário...
Vamos tentar demonstrar como fazer para atravessar o mês, com menos de 1 SM.
Primeiramente: Fora Temer!

Desculpem, mas foi irresistível escrever isso! ( temos que rir para não chorar de raiva ).
Voltando ao tema, em primeiro lugar, não é possível viver com parcos recursos assim.
Existem níveis de sobrevivência toleráveis.
Contudo, mágica não é para todos.

Não existe uma fórmula milagrosa que permita virar um mês, com este salário.
Existem condições especiais para tornar algo assim, viável.
Por exemplo, se a pessoa tiver mulher e filhos, não há como ter uma vida digna com R$ 880.
Este é o motivo de usarmos a palavra "Sobrevivência".

É possível não morrer de fome, estando desempregado.
Mas são necessárias condições muito especiais.
Posso falar com maior propriedade, sobre o meu caso, obviamente.
A partir deste exemplo, é possível tentar formular um cenário mais abrangente.

Indo direto ao ponto, estou em condições saudáveis graças a "Poupança Externa".
Para os não Economistas, isso quer dizer que recebo ajuda sim.
Somente o salário da aposentadoria da Dona da Casa, não possibilitaria sustentar a família.
Devido à vícios de analista de sistemas, somados aos de Economista, não vivo sem Excel.

Portanto, existem planilhas para tudo, inclusive para gastos domésticos.
Existem momentos que simplesmente abandono as métricas.
Mas o registro fica.
Se formos pensar somente no quesito Alimentação, já teríamos gasto todo o dinheiro.

Irei ponderar mais sobre este ponto, pois não se trata exatamente de uma conta fixa de consumo.
A água vem sempre nos mesmos valores, quando não aprontam com reajustes.
A luz segue uma média comportada, mas cara!
Outras coisas são mesmo fixas, como telefone fixo, internet, e-mail do Uol.

Claro que alguns leitores devem estar imaginando que estes itens são de luxo, não de raladão.
Podemos dizer que sim, mas este raladão aqui, é teimoso e não abre mão de certos itens.
Observando as planilhas dos custos mensais, a Alimentação é a que mais sofre variações.
Quem faz compras em supermercados deve saber muito bem como é esta dinâmica.

Temos variações constantes nos preços, e também nas QUANTIDADES das mercadorias.
Somente um Lerdo Absoluto não percebe que as embalagens diminuem de peso!
Claro que estes produtos não pertencem ao grupo da cesta básica.
Mesmo assim, quem não gosta de bolachas, biscoitos, salgadinhos e chocolates?

Todos estes itens vem reduzindo vergonhosamente de tamanho ao longo dos meses.
E seus preços não deixam de subir.
Portanto a Alimentação é o maior custo mensal que temos em casa.
Para duas pessoas adultas, este valor pode facilmente ultrapassar os R$ 880.

A melhor forma de suportar os períodos de crise orçamentária é aprender a cortar.
Cortar itens de consumo não essenciais a sobrevivência.
Creio que já comentei algo neste sentido por aqui.
Cortes nos churrascos, sorveterias, pizzarias, jantar fora, etc.

É preciso ter em mente que se a renda acabou, algumas coisas irão acabar por enquanto.
Quando cortes são necessários, a organização deve ser por prioridades.
Sabemos que nem todo mundo sabe definir o que é mais importante e colocar em ordem.
Para o exercício de reta orçamentária mínima, devemos considerar as Cestas Básicas.


Existem variações de preços e tamanhos.
Em média, seu custo fica na casa dos R$ 60 por cesta.
Existem empresas que entregam UMA cesta básica por mês, como parte dos benefícios.
É uma ajuda, mas não suficiente para o sustento de uma família pequena.

Um ponto importante a salientar é a velha e boa Teoria Microeconômica.
Aprendemos que existem bens substitutos. E que o consumidor é inteligente...
Evitarei o sarcasmo agora, e direi que podemos trocar vários itens.
Para os que gostam de marcas, podem aprender a usar produtos da "Marba"... ( os mar baratos )

Se formos considerar somente as cestas, seria possível garantir a Alimentação com 1 SM.
Contudo, sabemos que existem outros itens tão importantes quanto este.
Produtos para a higiene e limpeza, e se a família tiver um integrante "de colo", aí danou-se!
Só de fraldas e comidas para bebês, lá se foi a reta orçamentária...

Portanto, raladão não pode ter filhos, até conseguir um emprego estável!
Além das cestas, devemos considerar o consumo de pão, leite, verduras e ovos.
Novamente, estes cálculos variam de acordo com o número de pessoas na casa.
Naturalmente não podemos pensar apenas em Alimentação ao considerar custos.

Se uma pessoa não tiver moradia própria, será impossível sobreviver com 1 SM.
Teria que morar de favor, ou invadir uma casa, junto com o MST.
Aqui em Campinas, só em república para pagar menos de R$ 500 de aluguel.
Visão dos Infernos, certo?

Pode parecer totalmente desesperador, quando pensamos no caso.
Mas existem esperanças até mesmo para quem está desde 2012, sem emprego.
Se contarmos com alguns pontos a favor, é possível manter a cabeça no lugar.
Novamente irei partir do exemplo em primeira pessoa.

Com a renda da casa, conseguimos pagar as contas fixas.
Na ordem: condomínio, luz, internet, telefone, água, e outras despesas menores.
Ainda resta algo para o mercado.
Para as demais despesas, contamos com a nobre poupança externa!

Um exercício matemático útil, é dividir a sua renda por 30.
A partir deste cálculo, concentre-se no que pode gastar por dia.
Isso ajuda a se orientar em meio às restrições orçamentárias.
Dica do Dia: Saiba aceitar e procurar ajuda, quando estiver em situação desfavorável.

Carpe Diem!




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